sábado, 27 de abril de 2013

Quarenta e sete anos de dedicação à empresa

Reportagem retirada diretamente do site Eliane, grande empresa de revestimentos cerâmicos de Santa Catarina, que despede-se de um funcionário que fez história.
 


Dos 62 anos de idade, 47 foram dedicados à Eliane. Quase cinco décadas de serviços, atividades e, sobretudo, amor à empresa. Celso José Bosa passou grande parte da vida na fábrica, cuidando para que os revestimentos ficassem perfeitos. Após anos de dedicação, ele deixa a empresa com a sensação de dever cumprido. "Deixo o meu trabalho nas mãos de um profissional muito competente. Tenho a convicção de tudo o que eu conquistei na vida foi graças a Eliane. Eu defendo esta empresa como se fosse a minha família, porque essa é a minha casa", declara.

Celso começou a trabalhar na fábrica aos 14 anos de idade. Foi a mãe quem arrumou o emprego para o filho, já que a família passava por dificuldades financeiras. Após assinar a contratação, o menino iniciou o serviço. "Era tudo muito diferente de agora. O escritório da empresa era pequeno e de madeira. Já a fábrica, era coberta por telhas de barro e feitas de armação de madeira. Metade era revestida por piso, a outra metade era de chão batido", recorda.

Na época, o profissional era estampador, função que exerceu por dois anos. "Eu prensava a estampa no piso, era tudo manual, difícil de fazer. Permaneci no cargo até que o Edson Gaidzinski me viu trabalhando. Eu tinha disposição, até mais que os mais velhos, e fui convidado para ir para a manutenção. Nem pensei, aceitei na hora. Aquele era o meu sonho", fala. Desde então, Celso não saiu mais do setor, tendo passado por todas as funções, até chegar à coordenação de manutenção.

Nas memórias de toda uma vida dedicada à empresa, muitas transformações foram vivenciadas. As máquinas manuais deram espaço às elétricas, o trabalho forçado cedeu lugar às facilidades dos equipamentos. "Era muito difícil, os próprios donos vinham para o chão de fábrica. Eles ligavam as máquinas e dormiam do lado para controlar o fogo", lembra. "Hoje, colocamos o material na boca do forno e ele fica pronto e embalado em 30 minutos. Naquele tempo, o processo levava 48 horas. Uma evolução gigantesca, que facilitou muito a vida dos trabalhadores", coloca.

De acordo com Celso, os 47 anos de Eliane vão ser lembrados pelo resto da vida como um período de aprendizado, dedicação e conhecimento. "Gostaria de agradecer todas as pessoas que trabalharam comigo neste tempo. Só por mim, na manutenção, passaram mais de 500 funcionários. Alguns saíram, outros se aposentaram, mas lembro-me de cada um deles. A gente se apega, cria um sentimento. E depois de tanto tempo, me despeço, com a certeza de que fiz a minha parte, e que a família Gaidzinski vai continuar fazendo aquilo que sempre fez, um trabalho de qualidade e de excelência", expõe.

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